n/a: não, eu não abandonei a fic meus amores, lá em baixo explico os motivos do meu sumiço por meses.
Uma
semana depois...
Dizer
que acordei era uma mentira deslavada, eu nem sequer cochilei. Apenas
me revirei na cama a noite inteira, dominada pela insônia. Sempre
que eu fico assim, algo está prestes a acontecer. Agora se é bom ou
ruim, eu não faço a mínima ideia. Só sei que eu passei a noite
ansiosa com alguma coisa que eu não faço ideia do que seja. Aquilo
já estava me deixando irritada, às horas se arrastavam e eu estava
louca para conseguir dormir, e nada. Ou que o despertador tocasse
logo para eu levantar.
Exatas
6h30 da manhã, desperta o maldito com o seu barulho irritante. E
agora que ele tocou, o sono chegou, e eu não estou mais nem um pouco
afim de levantar. Mas o dever me chama.
Ergui
meu corpo, apoie minhas costas e cabeça na cabeceira da cama. Meus
olhos cansados, fazendo companhia com as minhas olheiras gigantes
tentavam relutar contra a luz do sol que teimava em querer entrar
pelas frestas da persiana. Mostrando que seria um quarta-feira
ensolarada, e quente.
Levantei
fazendo um esforço da nada, e minhas pernas reclamaram. Uma brisinha
entrou pela janela, fazendo meu corpo relaxar com a sensação. Me
arrastei até o banheiro, e joguei uma água no rosto pra ver se
despertava. Fiz minha higienes matinais, e voltei para o quarto.
Vesti meu uniforme, fiz uma maquiagem básica, um coque desgrenhado,
e desci.
Tomei
um café rápido com mamãe, escovei os dentes e peguei minha
mochila.
Daniel,
Caíque e Clarice já me esperavam em frente à escola. Antes de sair
do carro, dei um beijo na minha coroa.
Nina —
boa aula, minha linda! Se puder ir lá pro hotel à tarde para me
ajudar... seria uma boa.
Mallu —
pode deixar que vou sim, mas e a Giovanna?
Nina —
ficará com a babá.
Mallu —
ah, bom... tenho que ir. Tchau mãe! - desci do carro e fui ao
encontro dos meus três patetas —
bom dia, bom dia!
Caíque —
pelo visto alguém acordou de bom humor!
Daniel —
isso é um milagre, obrigado Deus!
Mallu —
calem essa boca, vocês. Bom dia minha gata - dei um abraço na
Clari.
Clarice —
oi minha linda! - o portão do colégio abriu, e fomos caminhando
devagar para a sala.
Mallu —
cara, eu tô sentindo algo estranho.
Daniel —
tá se sentindo bem? Quer que eu te leve pro hospital? - disse todo
preocupado, fazendo eu rir.
Mallu —
bobo! Eu tô me sentindo bem, nada de hospitais. Mas sabe quando você
tem sensações que há borboletas no estômago?
Clarice —
tá apaixonada Mallu? - entramos na sala, e sentamos no fundo.
Nos mesmo lugares de sempre.
Mallu —
aí que tá, branquinha. Eu não tô apaixonada, mas tô me sentindo
como tivesse, sei lá. Mas eu não gosto de nenhum garoto, mas acho
que tô prevendo que em breve algo vai acontecer, algo que vai mudar
minha vida, sabe? - o professor entrou na sala —
bom, só sei que isso é estranho...
A
manhã passou voando, graças a Deus! Fomos todos lá para minha
casa. Fizemos o almoço, em meio de risadas e guerra de comida.
Depois de comer, a Clari teve que ir para o cursinho dela, o Dan teve
que ir pra cuidar dos irmãos, e o Cacá trabalhar.
Resolvi
subir, e enquanto eu passava no corredor vi a minha princesa
brincando com a babá. Dei um beijinho nela e fui para o meu quarto.
Tomei um banho geladinho, passei meus hidratantes e me arrumei.
Entrei
um pouco nas minhas redes sociais, e quando deu 15h fui para o hotel.
Resolvi ir caminhando, passei no Starbucks peguei café e rosquinhas.
Atravessei a rua, e entrei naquele saguão imenso. Passei
pela Katheryn
e nem a cumprimentei, subi direto. Bati na porta da sala de minha
mãe, e entrei.
Nina —
que bom que veio, Luísa! Preciso que você faça alguns favorzinhos
para mim. Pois alguns funcionários não puderam vir para cá, e
estão trabalhando no hotel de Liverpool.
Mallu —
então diz aí, o que eu tenho que fazer - fui em direção a janela
e fiquei admirando a paisagem de cima de Londres.
Nina —
chegaram alguns "sedex's" e quero que você entregue nesses
quartos - ela me alcançou um papelzinho com os seguintes rabiscos:
"Caixa
1 quarto 520, Martha/ Caixa 2 quarto 842, Eleanor/ Caixa 3
quarto 1005, Andrew/ Caixa 4 quarto 1107,NJR.''
Achei
esquisito o nome da última pessoa, estar abreviado. Mas tudo bem,
minha mãe tem essa mania de abreviar tudo que puder.
As
caixas eram pequenas, por isso fui segurando elas empilhadas em meus
braços. Peguei o elevador, e apartei para subir até o quinto andar.
Bati na porta do quarto 520, e uma senhora, com cerca de seus 70
anos, cabelos grisalhos, atendeu.
Martha —
pois não, mocinha? -
mocinha, hahah, nunca alguém havia me chamado assim por isso soltei
uma risada discreta
Mallu —
essa entrega é para a senhora. Dona Martha, certo?
Martha —
correto, muito obrigada - entreguei a caixa à ela —
você é uma garota muito bela, e parece ser uma pessoa incrível.
Merece um homem que lhe dê o mundo, que lhe ame muito - minhas
bochechas queimavam sempre que recebia um elogio. Ah, um homem que me
dê o mundo e que me ame muito. O problema é: ele existe? E se
existe, vai ser quase impossível de encontra-lo. Terra chamando
Maria Luísa!
Mallu —
fico muito agradecida, a senhora é belíssima também - olhos azuis
celeste, pele branca, e por incrível que pareça poucas rugas,
sorriso bonito... Lembra vovó, não pela aparência, mas pelo o seu
jeito —
deve ter sido deslumbrante quando jovem.
Martha —
não quer entrar? Posso te mostrar algumas fotos, contar algumas
histórias. - ela me parecia ser solitária, mas devia saber muita
coisa sobre a vida.
Mallu —
eu adoraria, porém tenho de terminar essas entregas. A senhora
ficará hospedada até quando?
Martha —
bom, eu me mudei para Londres semana passada. Mas como minha casa
ainda está em reforma, fiquei hospedada aqui. Mas vou para lá
depois de amanhã, quer meu endereço?
Mallu —
É claro! - eu adorava conversar com pessoas mais velhas, elas
pareciam me entender. Ainda mais D. Martha, lembrava minha vó,
fazendo eu ficar com mais saudades ainda do Brasil.
Anotei
o endereço, e segui com as entregas.
A
segunda caixa era para uma moça ruiva e linda, chamada
Eleanor, simpática ela. Caixa 3, para um garoto de cabelos
encaracolados e loiros, jeitinho de nerd, e tímido. E por fim, só
faltava a última entrega.
Peguei
novamente o elevador, e subi até o décimo primeiro andar. Saí do
mesmo, e comecei a procurar o quarto. Nº 1101, não. Nº 1102, 1103,
1104, 1105 e 1106 também não. Nº
1107, o último do corredor, WINNN!
Caminhei
até ele, e bati três vezes na porta, e não demorou vinte segundos,
um garoto atendeu. Mas não era um simples garoto, digo garoto por
causa da carinha de bebê, mas já era um homem. Alexandre Pato.
Aquele gato do Milan, no qual eu sempre admirei. A vontade era de
pular em seu pescoço, porém procurei manter o controle.
Alexandre
P. —
em que posso ajudar?
Mallu —
bom, mandaram entregar essa caixa para a pessoa cujo nome está
abreviado em NJR, e eu não faço a mínima ideia o porquê.
Alexandre
P. —
JUNINHOOOOO, É PRA VOCÊ!! - e o Pato sumiu, deu vontade de
gritar "NÃO SE VÁ PFVR, FICAAA!", mas tudo bem, me
controlei. Esperei uns dois minutos, e outro garoto apareceu,
novamente não era exatamente um garoto, mas um cara com rosto de
neném. Tive a leve impressão de já ter o visto antes, mas esperaí,
o quê ele tá fazendo no quarto do Pato? Bom, isso não é da minha
conta.
Mallu — você
deve ser o NJR, Juninho, tanto faz - ele fez um cara de como não
tivesse entendendo nada do que eu estivesse falando. Devido ao meu
inglês carregado de sotaque britânico, desci os olhos a sua
camiseta e vi o logo da CBF. E comecei a juntar as coisas. Seleção
brasileira, rosto familiar, Alexandre Pato, JR de
Junior/Juninho, N de Neymar. BINGO! —
desculpa, é força do hábito. Não recebemos muitos
brasileiros aqui. Bem, isso é pra você - o entreguei.
Neymar —
você é brasileira e não me conhece? - ele não perguntou em um tom
estúpido, mas calmo, como se achasse aquilo até engraçado.
Mallu —
sou, mas moro aqui desde bebê. E na verdade te conheço, já ouvi
falar muito de você, porém não lembrei de primeira. Desculpe!
Neymar —
não tem o que se desculpar, só estranhei você não pedir
autógrafo, nem nada. É que sabe como é, já até me desacostumei
com pessoas "calmas".
Mallu —
entendo! - ele sorriu, e MEU DEUS DO CÉU, que sorriso. Fazia uma
combinação perfeita com os seus olhos esverdeados, e seu tom de
pele. Fiquei parecendo uma boba, vidrada naqueles olhos, e o mesmo
não tirava os seus de mim. No qual me fez corar, me deixando igual a
uma pimenta ambulante. —
bom tenho que ir.
Neymar —
tudo bem! - me virei e fui caminhando em direção ao elevador
novamente,
mas eu ouvi uma voz me chamar —
ei, espera! Me diz seu nome? - olhei para trás e sorri. Mas não,
não disse meu nome, entrei no elevador e desci sem olhar para trás.
Já
passava das 20h, e eu estava deitada na minha cama, lendo As Crônicas
de Nárnia, me peguei pensando nele. Afinal, será que toda aquela
sensação de que alguma coisa boa iria acontecer, Neymar e Dona
Martha faziam parte disso tudo? E por quê eu não consegui para de
lembrar daquele sorriso? Daquelas olhos? Daquela voz? Daquele jeito
de menino/garoto, mas já um homem? E por quê até alguns dias
atrás, eu tava lembrando o como é bom se apaixonar, e a quanto
tempo isso não acontecia comigo? Por quê? Por quê? Eram tantas
perguntas, que acabei perdendo a vontade de ler. Coloquei meu CD da
Beyoncé, e desci para pegar alguma coisa pra comer. Fiz algumas
panquecas com morangos e mel, servi um copo de Coca-Cola, e subi para
o meu quarto. Estava tocando Love On Top. Não resisti e comecei a
dançar. Sabia a coreografia de cor, pois tinha feito aula de dança.
E música + dança, era um modo de eu me desligar do mundo. Era algo
que me fazia bem, muito bem.
"Bring
the beat in!"
Quem
visse, acharia que eu era louca, mas eu não ligava, aquilo me
deixava feliz. Ao mesmo tempo que dançava, cantarolava:
''Baby
it's you, you're the one I love
You're
the one I need
You're
the only one I see
Come
on baby it's you...''
Assim que a música terminou, sentei no chão,
apoiando meu tronco no cama e liguei para Clari. Chamou, chamou,
chamou, e ninguém atendeu. Resolvi ligar para o Dan, que atendeu na
primeira:
Daniel —
hey love, tá tudo bem?
Mallu —
se lembra quando falei para vocês, que eu tava com alguns
pressentimentos?
Daniel —
sim, aconteceu alguma coisa?
Mallu —
digamos que sim. Conheci uma senhora, muito querida hoje. Também
conheci Alexandre Pato e o Neymar.
Daniel —
pegou autógrafo pra mim, né?
Mallu — não, esqueci
completamente. Mas brother, o Neymar é lindo demais. O Pato também,
mas o Neymar...
Daniel — virando
maria chuteira, Srta. Luísa?
Mallu — ah, cala boca
Daniel. Tá com ciúmes?
Daniel — não, só que
estranhei, porquê de todos os guris que tu já namorou, o Neymar não
faz teu tipo.
Mallu — quem disse que não? E espera
aí, eu nem toquei no assunto "namorar". Só comentei que
achei ele bonito, e tu já tem teus ataques.
Daniel —
não tô tendo ataque nenhum. E é que eu tenho medo que te façam
sofrer. Tu sabe como esses jogadores são. Ah, e desculpa ter te
chamado de maria chuteira, foi sem pensar.
Mallu — tudo
bem, mas não te preocupa Dan. É que sei lá...
Daniel —
tô aqui para o que tu precisar, viu? Agora tenho que desligar. Boa
noite, Ma, te amo.
Mallu — pra ti também, te
amo.
Desliguei, deitei na cama. Fiquei pensando, nesse jeito do
Daniel, quando eu falo sobre garotos, e em como o Neymar me chamou
atenção, com aquele simples sorriso, e o jeitinho dele. Mas tudo
bem, admito, me senti atraída por ele, mas passa como tudo na
vida.
CONTINUA...
O motivo de eu ter postado só três
capítulos, em cinco meses é:1º: nos últimos meses de 2012, eu não
tinha tempo para nada, a não ser estudar e fazer as provas de
recuperação.
2º: assim que as aulas terminaram, eu fui
viajar dia 24 de dezembro para uma praia da SC. E lá, minha internet
não pegava, de jeito nenhum. E eu tinha que escrever os rabiscos da
fic no meu celular no bloco de notas.
3º: cheguei de viagem
semana passada. Organizei os rascunhos/rabiscos/resenhas, e escrevi
esse capítulo. Por isso, peço desculpas a todas leitoras. Sei
que vocês já cansaram de ouvir minhas desculpas, mas 2012 foi
um ano difícil para mim, por mil motivos.Talvez ainda essa semana,
saia o 4º capítulo, mas se não der, é certo que na próxima eu
posto.
Beijos.