segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Capítulo 3 - Love On Top!

n/a: não, eu não abandonei a fic meus amores, lá em baixo explico os motivos do meu sumiço por meses.



Uma semana depois...

Dizer que acordei era uma mentira deslavada, eu nem sequer cochilei. Apenas me revirei na cama a noite inteira, dominada pela insônia. Sempre que eu fico assim, algo está prestes a acontecer. Agora se é bom ou ruim, eu não faço a mínima ideia. Só sei que eu passei a noite ansiosa com alguma coisa que eu não faço ideia do que seja. Aquilo já estava me deixando irritada, às horas se arrastavam e eu estava louca para conseguir dormir, e nada. Ou que o despertador tocasse logo para eu levantar.

Exatas 6h30 da manhã, desperta o maldito com o seu barulho irritante. E agora que ele tocou, o sono chegou, e eu não estou mais nem um pouco afim de levantar. Mas o dever me chama.

Ergui meu corpo, apoie minhas costas e cabeça na cabeceira da cama. Meus olhos cansados, fazendo companhia com as minhas olheiras gigantes tentavam relutar contra a luz do sol que teimava em querer entrar pelas frestas da persiana. Mostrando que seria um quarta-feira ensolarada, e quente.
Levantei fazendo um esforço da nada, e minhas pernas reclamaram. Uma brisinha entrou pela janela, fazendo meu corpo relaxar com a sensação. Me arrastei até o banheiro, e joguei uma água no rosto pra ver se despertava. Fiz minha higienes matinais, e voltei para o quarto. Vesti meu uniforme, fiz uma maquiagem básica, um coque desgrenhado, e desci. 
Tomei um café rápido com mamãe, escovei os dentes e peguei minha mochila. 
Daniel, Caíque e Clarice já me esperavam em frente à escola. Antes de sair do carro, dei um beijo na minha coroa.
Nina — boa aula, minha linda! Se puder ir lá pro hotel à tarde para me ajudar... seria uma boa.
Mallu — pode deixar que vou sim, mas e a Giovanna?
Nina — ficará com a babá.
Mallu — ah, bom... tenho que ir. Tchau mãe! - desci do carro e fui ao encontro dos meus três patetas — bom dia, bom dia! 
Caíque — pelo visto alguém acordou de bom humor! 
Daniel — isso é um milagre, obrigado Deus!
Mallu — calem essa boca, vocês. Bom dia minha gata - dei um abraço na Clari.
Clarice — oi minha linda! - o portão do colégio abriu, e fomos caminhando devagar para a sala.
Mallu — cara, eu tô sentindo algo estranho.
Daniel — tá se sentindo bem? Quer que eu te leve pro hospital? - disse todo preocupado, fazendo eu rir.
Mallu — bobo! Eu tô me sentindo bem, nada de hospitais. Mas sabe quando você tem sensações que há borboletas no estômago? 
Clarice —  tá apaixonada Mallu? - entramos na sala, e sentamos no fundo. Nos mesmo lugares de sempre.
Mallu — aí que tá, branquinha. Eu não tô apaixonada, mas tô me sentindo como tivesse, sei lá. Mas eu não gosto de nenhum garoto, mas acho que tô prevendo que em breve algo vai acontecer, algo que vai mudar minha vida, sabe? - o professor entrou na sala  — bom, só sei que isso é estranho...
A manhã passou voando, graças a Deus! Fomos todos lá para minha casa. Fizemos o almoço, em meio de risadas e guerra de comida. Depois de comer, a Clari teve que ir para o cursinho dela, o Dan teve que ir pra cuidar dos irmãos, e o Cacá trabalhar.
Resolvi subir, e enquanto eu passava no corredor vi a minha princesa brincando com a babá. Dei um beijinho nela e fui para o meu quarto. Tomei um banho geladinho, passei meus hidratantes e me arrumei.
Entrei um pouco nas minhas redes sociais, e quando deu 15h fui para o hotel. Resolvi ir caminhando, passei no Starbucks peguei café e rosquinhas. Atravessei a rua, e entrei naquele saguão imenso. Passei pela Katheryn e nem a cumprimentei, subi direto. Bati na porta da sala de minha mãe, e entrei.
Nina — que bom que veio, Luísa! Preciso que você faça alguns favorzinhos para mim. Pois alguns funcionários não puderam vir para cá, e estão trabalhando no hotel de Liverpool.
Mallu — então diz aí, o que eu tenho que fazer - fui em direção a janela e fiquei admirando a paisagem de cima de Londres.
Nina — chegaram alguns "sedex's" e quero que você entregue nesses quartos - ela me alcançou um papelzinho com os seguintes rabiscos:
"Caixa 1 quarto 520, Martha/ Caixa 2 quarto 842, Eleanor/ Caixa 3 quarto 1005, Andrew/ Caixa 4 quarto 1107,NJR.''                                                                                                                                                      
Achei esquisito o nome da última pessoa, estar abreviado. Mas tudo bem, minha mãe tem essa mania de abreviar tudo que puder. 
As caixas eram pequenas, por isso fui segurando elas empilhadas em meus braços. Peguei o elevador, e apartei para subir até o quinto andar. Bati na porta do quarto 520, e uma senhora, com cerca de seus 70 anos, cabelos grisalhos, atendeu. 
Martha  — pois não, mocinha? - mocinha, hahah, nunca alguém havia me chamado assim por isso soltei uma risada discreta
Mallu  — essa entrega é para a senhora. Dona Martha, certo?
Martha  —  correto, muito obrigada - entreguei a caixa à ela — você é uma garota muito bela, e parece ser uma pessoa incrível. Merece um homem que lhe dê o mundo, que lhe ame muito - minhas bochechas queimavam sempre que recebia um elogio. Ah, um homem que me dê o  mundo e que me ame muito. O problema é: ele existe? E se existe, vai ser quase impossível de encontra-lo. Terra chamando Maria Luísa!
Mallu  — fico muito agradecida, a senhora é belíssima também - olhos azuis celeste, pele branca, e por incrível que pareça poucas rugas, sorriso bonito... Lembra vovó, não pela aparência, mas pelo o seu jeito  —  deve ter sido deslumbrante quando jovem.
Martha — não quer entrar? Posso te mostrar algumas fotos, contar algumas histórias. - ela me parecia ser solitária, mas devia saber muita coisa sobre a vida.
Mallu — eu adoraria, porém tenho de terminar essas entregas. A senhora ficará hospedada até quando?
Martha — bom, eu me mudei para Londres semana passada. Mas como minha casa ainda está em reforma, fiquei hospedada aqui. Mas vou para lá depois de amanhã, quer meu endereço?
Mallu — É claro! - eu adorava conversar com pessoas mais velhas, elas pareciam me entender. Ainda mais D. Martha, lembrava minha vó, fazendo eu ficar com mais saudades ainda do Brasil.
Anotei o endereço, e segui com as entregas. 
A segunda caixa era  para uma moça ruiva e linda, chamada Eleanor, simpática ela. Caixa 3, para um garoto de cabelos encaracolados e loiros, jeitinho de nerd, e tímido. E por fim, só faltava a última entrega. 
Peguei novamente o elevador, e subi até o décimo primeiro andar. Saí do mesmo, e comecei a procurar o quarto. Nº 1101, não. Nº 1102, 1103, 1104, 1105 e 1106 também não. Nº 1107, o último do corredor, WINNN!
Caminhei até ele, e bati três vezes na porta, e não demorou vinte segundos, um garoto atendeu. Mas não era um simples garoto, digo garoto por causa da carinha de bebê, mas já era um homem. Alexandre Pato. Aquele gato do Milan, no qual eu sempre admirei. A vontade era de pular em seu pescoço, porém procurei manter o controle.
Alexandre P. — em que posso ajudar?
Mallu —  bom, mandaram entregar essa caixa para a pessoa cujo nome está abreviado em NJR, e eu não faço a mínima ideia o porquê.
Alexandre P.  —  JUNINHOOOOO, É PRA VOCÊ!! - e o Pato sumiu, deu vontade de gritar "NÃO SE VÁ PFVR, FICAAA!", mas tudo bem, me controlei. Esperei uns dois minutos, e outro garoto apareceu, novamente não era exatamente um garoto, mas um cara com rosto de neném. Tive a leve impressão de já ter o visto antes, mas esperaí, o quê ele tá fazendo no quarto do Pato? Bom, isso não é da minha conta.
Mallu — você deve ser o NJR, Juninho, tanto faz - ele fez um cara de como não tivesse entendendo nada do que eu estivesse falando. Devido ao meu inglês carregado de sotaque britânico, desci os olhos a sua camiseta e vi o logo da CBF. E comecei a juntar as coisas. Seleção brasileira, rosto familiar,  Alexandre Pato, JR de Junior/Juninho, N de Neymar. BINGO!  —  desculpa, é força do hábito. Não recebemos muitos brasileiros aqui. Bem, isso é pra você - o entreguei.
Neymar — você é brasileira e não me conhece? - ele não perguntou em um tom estúpido, mas calmo, como se achasse aquilo até engraçado.
Mallu — sou, mas moro aqui desde bebê. E na verdade te conheço, já ouvi falar muito de você, porém não lembrei de primeira. Desculpe!
Neymar — não tem o que se desculpar, só estranhei você não pedir autógrafo, nem nada. É que sabe como é, já até me desacostumei com pessoas "calmas".
Mallu — entendo! - ele sorriu, e MEU DEUS DO CÉU, que sorriso. Fazia uma combinação perfeita com os seus olhos esverdeados, e seu tom de pele. Fiquei parecendo uma boba, vidrada naqueles olhos, e o mesmo não tirava os seus de mim. No qual me fez corar, me deixando igual a uma pimenta ambulante.  — bom tenho que ir.
Neymar — tudo bem! - me virei e fui caminhando em direção ao elevador novamente, mas eu ouvi uma voz me chamar  — ei, espera! Me diz seu nome? - olhei para trás e sorri. Mas não, não disse meu nome, entrei no elevador e desci sem olhar para trás.
Já passava das 20h, e eu estava deitada na minha cama, lendo As Crônicas de Nárnia, me peguei pensando nele. Afinal, será que toda aquela sensação de que alguma coisa boa iria acontecer, Neymar e Dona Martha faziam parte disso tudo? E por quê eu não consegui para de lembrar daquele sorriso? Daquelas olhos? Daquela voz? Daquele jeito de menino/garoto, mas já um homem? E por quê até alguns dias atrás, eu tava lembrando o como é bom se apaixonar, e a quanto tempo isso não acontecia comigo? Por quê? Por quê? Eram tantas perguntas, que acabei perdendo a vontade de ler. Coloquei meu CD da Beyoncé, e desci para pegar alguma coisa pra comer. Fiz algumas panquecas com morangos e mel, servi um copo de Coca-Cola, e subi para o meu quarto. Estava tocando Love On Top. Não resisti e comecei a dançar. Sabia a coreografia de cor, pois tinha feito aula de dança. E música + dança, era um modo de eu me desligar do mundo. Era algo que me fazia bem, muito bem.
"Bring the beat in!"
Quem visse, acharia que eu era louca, mas eu não ligava, aquilo me deixava feliz. Ao mesmo tempo que dançava, cantarolava:
''Baby it's you, you're the one I love
You're the one I need
You're the only one I see
Come on baby it's you...''
Assim que a música terminou, sentei no chão, apoiando meu tronco no cama e liguei para Clari. Chamou, chamou, chamou, e ninguém atendeu. Resolvi ligar para o Dan, que atendeu na primeira:
Daniel — hey love, tá tudo bem? 
Mallu  — se lembra quando falei para vocês, que eu tava com alguns pressentimentos?
Daniel — sim, aconteceu alguma coisa?
Mallu — digamos que sim. Conheci uma senhora, muito querida hoje. Também conheci Alexandre Pato e o Neymar. 
Daniel —  pegou autógrafo pra mim, né?
Mallu — não, esqueci completamente. Mas brother, o Neymar é lindo demais. O Pato também, mas o Neymar...
Daniel — virando maria chuteira, Srta. Luísa?
Mallu — ah, cala boca Daniel. Tá com ciúmes?
Daniel —  não, só que estranhei, porquê de todos os guris que tu já namorou, o Neymar não faz teu tipo.
Mallu —  quem disse que não? E espera aí, eu nem toquei no assunto "namorar". Só comentei que achei ele bonito, e tu já tem teus ataques.
Daniel —  não tô tendo ataque nenhum. E é que eu tenho medo que te façam sofrer. Tu sabe como esses jogadores são. Ah, e desculpa ter te chamado de maria chuteira, foi sem pensar. 
Mallu — tudo bem, mas não te preocupa Dan. É que sei lá...
Daniel —  tô aqui para o que tu precisar, viu? Agora tenho que desligar. Boa noite, Ma, te amo.
Mallu — pra ti também, te amo.
Desliguei, deitei na cama. Fiquei pensando, nesse jeito do Daniel, quando eu falo sobre garotos, e em como o Neymar me chamou atenção, com aquele simples sorriso, e o jeitinho dele. Mas tudo bem, admito, me senti atraída por ele, mas passa como tudo na vida.
CONTINUA...
O motivo de eu ter postado só três capítulos, em cinco meses é:1º: nos últimos meses de 2012, eu não tinha tempo para nada, a não ser estudar e fazer as provas de recuperação.
2º: assim que as aulas terminaram, eu fui viajar dia 24 de dezembro para uma praia da SC. E lá, minha internet não pegava, de jeito nenhum. E eu tinha que escrever os rabiscos da fic no meu celular no bloco de notas.
3º: cheguei de viagem semana passada. Organizei os rascunhos/rabiscos/resenhas, e escrevi esse capítulo. Por isso, peço desculpas a todas leitoras. Sei que vocês já cansaram de ouvir minhas desculpas, mas 2012 foi um ano difícil para mim, por mil motivos.Talvez ainda essa semana, saia o 4º capítulo, mas se não der, é certo que na próxima eu posto.
Beijos.